10 de setembro de 2008
Leilão deve gerar mais de R$ 200 mil em negócios no Brejo
Com foco na ampliação da produção leiteira, pecuaristas investem na melhoria do rebanho e participam no próximo sábado, dia 13, às 14h, do 1º Leilão da Fazenda Botija, em Guarabira, no Brejo Paraibano. Mais de 50 lotes de animais selecionados da raça Girolando, Gir e Holandês serão expostos no evento que pretende atrair mais de 400 pessoas e movimentar a economia local. Segundo o organizador do leilão, Rômulo Duarte Cunha, a expectativa é positiva e a estimativa é de que mais de R$ 200 mil sejam gerados em negócios.
“A intenção é fomentar negócios para os criadores com a oferta de matrizes de excelente genética leiteira”, disse Rômulo Duarte, que é proprietário da Fazenda Botija. Ele explica que para o evento estarão presentes rebanhos e pecuaristas da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O evento tem a parceria do Sebrae, Prefeitura de Guarabira, Cachaça Volúpia, Banco do Brasil, Associação dos Produtores de Leite de Guarabira, Associação Brasileira de Criadores Girolando, Laticínios Botija e Banco do Nordeste.
Antes do leilão, haverá ainda três palestras sobre nutrição do gado leiteiro, manejo leiteiro e linhas de financiamentos do Banco do Nordeste. Uma unidade móvel do Sebrae também será usada para a prestação de informações pelo Banco do Brasil e Banco do Nordeste. O evento integra as ações do Projeto de Leite e Derivados na Borborema que é articulado pelo Sebrae e atende produtores de nove municípios do Brejo, Litoral e Borborema.
De acordo com o gerente do Sebrae em Guarabira, José Marcílio de Sousa Santos, esta é mais uma ação integrante do Projeto Leite e Derivados que tem como objetivo desenvolver a atividade bovinocultura leiteira, fortalecendo a participação dos produtores beneficiados, agregando valor ao produto, aumentando a produção e renda. Para ele, a melhoria da qualidade do rebanho fortalece a atividade e amplia a oportunidade de bons negócios na região.
Qualidade – Segundo Igor Cunha, técnico de registro da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, o animal apresenta boa adaptabilidade ao clima brasileiro e a volumosos mais rústicos, além de permitir ao produtor comercializar a produção excedente com boa aceitação no mercado. No entanto, ressalta o técnico, a alimentação e o manejo interferem na produção leiteira do animal.
“É fundamental o melhoramento genético com a raça para o que o investimento em nutrição e sanidade tenha retorno com o leite no balde”, pontuou Igor Cunha. De acordo com ele, a qualidade dos animais para o leilão está muito boa, com bom perfil genético. O técnico explicou que a média de produção das primeiras crias do girolando é de 14 quilos em uma lactação de 290 dias, segundo identificado no teste de Progene (avaliação dos produtores da raça com base na produção dos seus filhos).
Vendas – Durante o leilão, os pecuaristas poderão adquirir os animais por meio de financiamento pelo banco ou através do pagamento parcelado dívidas em 16 parcelas.
Fonte: Sebrae