18 de setembro de 2008
Projeto do Senar recebe incentivos do Sebrae Nacional
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Administração Regional da Paraíba vai ampliar o Projeto Palmas para o Semi-Árido, após firmar parceria com o Sebrae Nacional. O projeto de expansão foi inscrito no edital de seleção e foi aprovado integralmente, gerando incremento financeiro na ordem de R$ 200 mil reais. O Sebrae Paraíba que já é parceiro ficará responsável pela gestão.
Através da introdução de tecnologias e técnicas apropriadas de cultivo pode-se dar um novo impulso à agricultura no nordeste brasileiro e paraibano, de forma a otimizar o uso de terras ora em desuso e fortemente ameaçadas pela desertificação. A palma é uma planta altamente resistente à seca, o que favorece sua utilização em solos das regiões semi-áridas do nordeste. No entanto seu potencial agroindustrial ainda não é totalmente aproveitado, diferente de outros países que a utilizam como cultura amplamente aproveitada para a fabricação de diversos produtos.
A partir do projeto “Palmas Para o Semi-Árido”, o Senar irá promover a qualificação de agricultores, micros e pequenos empresários do setor de agroindústrias rurais e demais interessados, para o cultivo intensivo e agroindustrialização da palma e fabricação de seus derivados: alimentos, produtos fármacos, cosméticos, bebidas finas e outros.
O processo de capacitação dos agricultores a ser desenvolvido pelo Senar, será realizado nas unidades educativas (Núcleos de Tecnologia Social – NTS), implantadas em diversos municípios paraibanos, visando geração de emprego, renda, inclusão social e fortalecimento dos programas e políticas sociais e de segurança alimentar.
Diversos resultados já foram alcançados com o projeto, implantado em 15 unidades educativas, com a finalidade de promover demonstração, realização de cursos e treinamentos para acrescentar conhecimentos do cultivo e agroindustrialização da planta. Essas unidades educativas que já se encontram em processo de produção e de beneficiamento da palma possibilitará o atendimento direto e indireto de cerca de mais de 26 mil pessoas.
Depois da implantação dos Núcleos de Tecnologia Social, pleiteia-se junto ao Governo Federal a implantação de um Centro de Tecnologia para a agroindustrialização da palma. Esse Centro será utilizado como apoio no desenvolvimento de produtos e processos, e terá fundamental importância na disseminação dessas técnicas e na capacitação dos produtores da região para o melhor aproveitamento da planta com a fabricação de diversos produtos para indústria farmacêutica, alimentícia, entre outras.
De acordo com Domingos Lelis, coordenador do projeto, os agricultores já entendem a importância da produção de forragem energética em qualquer período do ano. “Esses agricultores já estão se organizando em grupos para implantar lavouras que obtenham elevados índices de produtividade, além de ser capacitados para a produção de farelo da palma para a alimentação dos animais e a fabricação de cosméticos, doces, iogurtes, picles e diversos outros produtos, visando o uso destes produtos nas próprias comunidades e comercialização externa”, afirma Lelis.
Com a técnica apresentada no projeto se prevê uma produtividade de 10 a 12 vezes a mais que o sistema tradicional, diminuindo os investimentos iniciais e proporcionando maiores ganhos para o homem do campo. Lelis destaca ainda que a partir dessa forma de produção os agricultores poderão implantar áreas bem menores de cultivo, com a redução do custo de formação da lavoura e redução dos tratos culturais, custos de colheita e obtenção de produção equivalente, com um produto de qualidade nutricional extremamente superior, além da possibilidade de fornecer matéria prima para agroindústrias locais ou regionais.
Poliana Queiroz e Eudete Petelinkar
Assessoria de Comunicação do Sistema Faepa/Senar
Contato: 3241-2544