8 de outubro de 2008

Indicação Geográfica é discutida em simpósio



 Nos mercados nacional e internacional, alguns produtos são reconhecidos não apenas pela marca, mas também pelas características geográficas da região onde foram produzidos. Essa referência agrega valor e identidade aos produtos, diferenciando-os no mercado. É esse o contexto da Indicação Geográfica (IG). O assunto, cada vez mais discutido em todo o mundo, será tema de simpósio internacional que acontecerá, a partir desta quarta-feira (8), em Porto Alegre/RS.

 

          O diretor de Programa da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa), Helinton Rocha, acredita que o evento acontece num momento estratégico, em que profissionais do setor e produtores brasileiros já reconhecem a indicação geográfica como forma de agregar valor aos produtos. “Temos especiarias tradicionais, típicas dos nossos diferentes biomas e culturas. É importante diferenciá-las e atribuir-lhes o devido valor”, declarou.

 

          Especialistas de países como Brasil, Portugal, França e Suíça participarão do simpósio. Estão previstos debates sobre proteção intelectual da IG, avanços do setor nos mercados e instituições, competitividade estratégica e inserção dos produtos brasileiros no comércio internacional.

 

          IG no Brasil – Atualmente, o Mapa realiza um diagnóstico nacional de potenciais indicações geográficas, que permitiu o mapeamento de 25 produtos agropecuários e o planejamento de atividades relacionadas à proteção e ao reconhecimento de IG.

 

          No País, já existem quatro indicações geográficas: o Vale dos Vinhedos, para vinhos e espumantes, na Serra Gaúcha; a Região Mineira do Cerrado, para café, no Triângulo Mineiro; Paraty, para cachaça, no Rio de Janeiro e Pampa Gaúcho da Campanha Meridional, para carnes, no Rio Grande do Sul.

Fonte: MAPA