10 de novembro de 2010
SENAR-PB reúne informações sobre a palma forrageira
A palma forrageira foi introduzida no Brasil no final do século XIX, porém a disseminação de todo o seu potencial e formas de utilização é recente. A cactácea, antes cultivada de forma rústica para a produção de carmim, ganhou espaço no semiárido brasileiro após a grande seca que aconteceu no final dos anos 70, passando a ser utilizada também na alimentação animal.
Desde então, a cactácea tem sido objeto de estudos e pesquisas, mas foi em 2005, após a implantação do Projeto Palmas para o Semiárido, que a cactácea conquistou seu espaço na Paraíba. O projeto, implantado pelo Sistema FAEPA/SENAR-PB com apoio de vários parceiros, teve como objetivo principal derrubar um grande obstáculo: a baixa produtividade dos campos de palma. “Após conhecer o método de plantio e o volume de produção dos palmais do México, vi que era totalmente viável a produção de palma em larga escala aqui no nordeste brasileiro”, afirmou Mário Borba, presidente do Sistema FAEPA/SENAR-PB.
A ideia principal do projeto era difundir e ensinar o método de cultivo adensado da palma, que consiste na utilização de uma série de tecnologias que faz a produtividade dos campos aumentar em até dez vezes, aos produtores rurais da Paraíba. Além disso, o projeto também visava à disseminação da utilização da palma na alimentação humana, na produção de cosméticos e produtos medicinais.
Devido aos resultados obtidos, o método de cultivo adensado foi aprovado e vem sendo utilizado pelos produtores rurais do estado desde então e o número de interessados e dos treinamentos na área vem crescendo ano a ano. Para o superintendente do SENAR-PB, Almiro Sá, a demanda de cursos oferecidos pelo Sistema gerou uma necessidade de ampliar o material didático existente. “Como o interesse pela palma vem crescendo cada vez mais, é importante que toda a informação que temos esteja organizada e disponível para os produtores rurais”, disse.
Com o objetivo de reunir e facilitar o acesso a todas as informações sobre a metodologia do cultivo adensado, manejo e usos da palma forrageira, o SENAR-PB reuniu alguns dos maiores especialistas da área num encontro, entre os dias 08 e 12/11, de onde sairão duas cartilhas técnicas sobre diferentes aspectos relacionados à cactácea.
O Encontro, que vem acontecendo em Intermares, agrupa conteudistas da região Nordeste para reunir informações que vão dar subsidio ao produtor rural. Para Marcelo de Andrade, professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), a produção das cartilhas “é uma troca de experiências entre os estados da região Nordeste a respeito das aplicabilidades da palma forrageira, é uma forma de colocar em prática o que discutimos nas universidades”, falou.
As cartilhas sob os temas cultivo da palma e sua utilização na alimentação de ruminantes serão as primeiras produções do SENAR-PB. De acordo com Patrícia Machado, metodologista do SENAR Nacional, “Estamos estimulando as produções regionais e nos colocando a disposição metologicamente como forma de desenvolver e reunir informações sobre culturas de cada Estado”.
Além de construir um material específico, a intenção é produzir cartilhas com linguagem simples para os produtores rurais, incitando uma cultura includente.
Divulgação da Palma Forrageira
O Sistema FAEPA/SENAR-PB vem trabalhando com a palma desde 2005 e tem fundamental participação no avanço da cultura no estado da Paraíba e no Brasil. Após conhecer o desenvolvimento do cultivo e utilização da planta no México e Índia, o Sistema vem discutindo a palma como saída para o nordeste brasileiro.
Mas foi, em 2007, após a realização do VI Congresso Internacional de Palma e Cochonilha, promovido pelo Sistema FAEPA/SENAR-PB, em João Pessoa, que a versatilidade da palma forrageira e formas de uso ficaram amplamente conhecidas.
Em outubro de 2010, o presidente do Sistema FAEPA/SENAR-PB, Mário Borba participou do VII Congresso Internacional de Palma e Cochonillha em Marrocos. Durante a viagem observou que países com o mesmo nível de desenvolvimento do Brasil, estão mais avançados na cultura da palma. “Alguns países enfrentam dificuldades e condições semelhantes às nossas, por isso precisamos impulsionar a nossa produção e comercialização da palma”, disse.
Assessoria de Comunicação Social
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