16 de julho de 2012
Governadores reduzem para 25% contrapartida de produtores
Os governadores do Nordeste e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, aprovaram, ontem, durante a 15º reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Sudene, ocorrida em Fortaleza, proposta do Banco do Nordeste para renegociação de dívidas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) destinado a empreendedores, dentre eles os produtores rurais.
Agora, os pequenos e médios produtores com dívidas no Banco do Nordeste poderão renegociar suas dívidas dando como contrapartida até 25% do valor real do patrimônio apresentado como garantia.
Da pauta da reunião, este foi o ponto mais polêmico – o percentual de contrapartida que os empreendedores deveriam apresentar na sua negociação. Na proposta original do BNB, este percentual correspondia a 30% do patrimônio.
No debate que se seguiu, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, não concordou com o percentual original e pediu vistas ao processo, o que significaria postergar a aprovação para outubro, para a próxima reunião do Condel, em Salvador. "Pelo voto, se deliberou aprovar a proposta original do BNB com uma correção apenas no percentual de limite, que ao invés dos 30% ficou em 25%", disse o representante da Confederação Nacional da Agricultura, Flávio Saboya.
A proposta aprovada, no entanto, não recebeu voto favorável do próprio ministro da Integração e do presidente do BNB, Paulo Ferraro. Segundo este, todas as medidas que o banco adota são feitas em consonância com o Ministério da Fazenda.
Proveitosa
Ao final, o ministro Fernando Bezerra, que presidiu o encontro do Condel, afirmou que a reunião foi proveitosa e ressaltou a preocupação dos governadores de regularizar a situação dos pequenos produtores rurais que vem encontrando dificuldades para renegociar suas dívidas e que precisam ter acesso ao crédito emergencial.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que esta é uma medida muito importante para animar a economia e também aos que devem ao BNB, que podem reaver parte dos recursos e reabilitar suas empresas a voltar a operar com o banco.
No encontro, as únicas ausências foram as dos governadores de Minas Gerais, Bahia e Alagoas.
Fonte: O Povo