18 de setembro de 2009
Cana-de-açúcar terá novo zoneamento
O governador do Estado participou no início da tarde dessa quinta-feira (17), em Brasília (DF), do lançamento da proposta de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, pelo Governo Federal. A Paraíba, que possui atualmente cerca de 102 mil hectares plantados com a cultura, vai poder aumentar em quase 90 mil novos hectares essa área. As regras proíbem a construção de novas usinas e a expansão do plantio em qualquer área da Amazônia, do Pantanal, da Bacia do Alto Paraguai ou em vegetação nativa de outros biomas. O projeto ainda será encaminhado ao Congresso Nacional.
Essas áreas, somadas àquelas onde o plantio já não é permitido, como as unidades de conservação e terras indígenas, fazem com que fique proibido o plantio da cana em 92,5% do território brasileiro. As proibições previstas pelo zoneamento estabelece que estarão aptos ao plantio da cana-de-açúcar 64 milhões de hectares. Considerando os novos critérios, a expansão da cana-de-açúcar poderá ocorrer em 7,5% do território nacional. Atualmente, o cultivo de cana ocupa uma área de 8,89 milhões de hectares, o que representa menos de 1% do território nacional.
Preservação ambiental
Na avaliação do governador o projeto do Governo Federal “pretende adequar a necessidade de ampliação das áreas de cultivo da cana-de-açúcar, para a produção de etanol, com a preocupação voltada para a preservação do meio ambiente, e, neste particular, estamos dando um grande exemplo ao mundo inteiro, especialmente à Europa, na produção de um etanol ‘verde’ com a criação de mais emprego e renda e respeito à natureza”.
A intenção do Governo Federal é chegar a 2017 com um aumento de quase 100% na produção de etanol em relação à produção atual, o que elevaria a área plantada para cerca de 1,7% do território do país. Dados da Agência Internacional de Energia mostram que o etanol de cana produz 90% menos gases de efeito estufa do que a gasolina.
Áreas permitidas
Para atingir plenamente os objetivos apresentados no zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, o Governo pretende permitir a produção apenas em áreas que não necessitem de irrigação e possam ter mecanização, eliminando a prática de queimadas. Para isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que orienta o Conselho Monetário Nacional a estabelecer novas condições, critérios e vedações para o crédito rural.
Fonte: SECOM