21 de maio de 2008
Cinqüenta mil bovinos deverão ser vacinadas contra brucelose
Cinqüenta mil fêmeas, na faixa de idade entre três a oito meses, do rebanho bovino da Paraíba, que conta atualmente com cerca de 1 milhão de cabeças, isto é 5% desse total, deverão ser vacinados contra a brucelose. O objetivo é proteger o gado contra a bactéria da brucelose que além de provocar aborto, deixa a fêmea e os machos estéreis. O gerente da Defesa Agropecuária da Paraíba, Ricardo Leite, alertou ontem que a vacina deve ser aplicada ainda este mês porque a partir do próximo dia 30, os agropecuaristas só poderão tirar a Guia de Transferência Animal (GTA), se tiverem a comprovação da vacina contra brucelose.
Ricardo Leite explicou que a vacina contra brucelose é diferente da vacinação contra aftosa que tem que ser dada duas vezes por ano. A vacina contra brucelose é dose única e custa apenas R$ 2,00 nas farmácias veterinárias. Ele alertou também que não é qualquer pessoa que deve vacinar o gado. A vacina tem que ser aplicada por um médico veterinário credenciado pela Secretaria da Agricultura. O gado contraindo a bactéria brucelose apresenta problemas na fase reprodutiva e deixa a fêmea e o macho na infertilidade. Na fêmea também provoca a queda na produção do leite e da carne. Contraindo a bactéria o homem também fica estéril e na mulher além de apresentar problemas de artrite, também provoca o aborto. Os proprietários de gado que descumprirem a portaria nº 061, publicada no Diário Oficial, pela Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca, ficarão impedidos de comercializar o leite, a carne, e de efetuarem o tráfego de animais de uma propriedade para outra, na mesma cidade ou em municípios vizinhos. “É necessário que os agropecuaristas vacinem os animais para conseguir a Guia de Transferência de Animal (GTA), que é a garantia de livre acesso para o gado. A vacinação também contribuirá para a Paraíba adquirir o certificado de área livre de Febre Aftosa, emitido pelo Ministério da Agricultura”, declarou o secretário de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca do Estado, Francisco de Assis Quintans. Ricardo Leite, afirmou que os agropecuaristas precisam comprar a vacina, que é em média R$ 2,00, e levar o animal para tomar a medicação aplicada por um médico veterinário. “A doença pode provocar abortos e esterilidade. O animal pode passar a doença para o ser humano e ocasionar os mesmos sintomas que aparecem nos bovinos. O homem corre o risco de ter os testículos inflamados por conta da bactéria”, alertou Ricardo Leite, informando que o animal doente precisa ser sacrificado para evitar que a bactéria passe para o restante do rebanho. Em 2007, 100 fêmeas foram mortas no Estado porque estavam contaminadas. No dia 25 deste mês, o Ministério da Agricultura fará uma auditoria na Paraíba para verificar o desempenho do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) nas cidades do interior. A suspeita da ocorrência de brucelose em um rebanho bovino, geralmente está associada aos abortos no terço final de gestação, sendo uma enfermidade que afeta várias espécies de animais domésticos e silvestres. Acomete bovinos (e outras espécies) de todas as idades e de ambos os sexos, afetando principalmente animais sexualmente maduros, causando sérios prejuízos devido a abortos, retenções de placenta, metrites, sub-fertilidade e até infertilidade. Fonte: Jornal A União |