18 de maio de 2012
Defesa Civil libera 2,7 bi para combate à seca no semiárido
De acordo com a FAEPA, os esforços agora devem ser voltados para a disponibilização dos recursos de forma rápida para quem mais precisa
Na Paraíba, 170 municípios já tiveram a Situação de Emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Somente os municípios que estiverem reconhecidos terão acesso aos recursos e serviços disponibilizados. Para agilizar o processo de novos pedidos, neste sábado (12), a Defesa Civil fará plantão para prestar esclarecimentos e ajudar as prefeituras na confecção dos documentos que deverão ser encaminhados ao Governo Federal.
Nesta quinta-feira (17/05), representantes da Secretaria Nacional de Defesa Civil estiveram reunidos com o Comitê de Combate à Seca, com a presença de representantes da Defesa Civil Estadual, do Exército, da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), do Ministério do Desenvolvimento Agrícola (MDA), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap), da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PB), entre outros.
O Comitê recém criado na Paraíba vai articular, coordenar e acompanhar os levantamentos e as ações de enfrentamento da seca. Nesta semana os representantes discutiram a necessidade imediata de atender a população paraibana que já sofre com a falta de água e perdas na agricultura e pecuária.
O montante de R$ 2,7 bilhões será distribuído entre os nove estados incluídos no semiárido, na área da Sudene, excluindo o Maranhão e entrando o norte de Minas Gerais. Entre as ações, destacam-se Operação Carro Pipa, Programa Água para todos, Abertura e Recuperação de Poços, Garantia Safra, Bolsa Estiagem e Crédito Rural.
Uma das grandes preocupações do grupo reside na Zona Rural. De acordo com dados da Defesa Civil da Paraíba, estima-se no estado que 7 entre 10 moradores da Zona Rural serão afetados pela estiagem. Uma pesquisa realizada recentemente em 35 municípios do estado apontou mais de 201 mil pessoas já sofrendo os efeitos da seca, com uma perda da safra em torno de 32 mil toneladas, o que equivale a cerca de R$ 64 milhões. Em apenas um município, Amparo, já foram registradas as mortes de 640 cabeças de gado por falta de alimentação.
Com este cenário instalado, a FAEPA levou à reunião do Comitê a proposta de inclusão na relação de ações emergenciais, itens como a renegociação da dívida do produtor para que ele possa ter acesso a crédito e salvar a produção, auxílio para alimentação dos animais e reajuste no Programa do Leite com aumento do preço do litro pago ao produtor e no volume do fornecimento diário.
De acordo com a assessora da Presidência do Sistema FAEPA/SENAR-PB, Eudete Petelinkar, os Sindicatos dos Produtores Rurais distribuídos pelos estados deverão ser convocados para observar e repassar informações sobre as necessidades dos produtores rurais em suas regiões a fim de contribuir com o atendimento, o mais rápido possível. “O mais difícil era conseguir os benefícios, agora precisamos fazer um esforço conjunto para que estes recursos cheguem a quem mais precisa”, disse a assessora, lembrando ainda que o presidente Mário Borba tem mantido contato e visitado diversas localidades com o objetivo de repassar um diagnóstico da Paraíba para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que nos próximos dias irá se reunir com a Presidência da República para defender os interesses do setor agropecuário nordestino.
Assessoria da Presidência FAEPA/SENAR-PB