30 de abril de 2013

Vacinação contra febre aftosa começa na maior parte do país



Os estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas, além de parte dos municípios de Minas Gerais e Pernambuco, terão alterações no calendário da primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa, que começa nesta quarta-feira, 1º de maio. A informação foi divulgada por meio de nota técnica pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A vacinação foi adiada para junho no Rio Grande do Norte e nos municípios do Agreste e Sertão de Pernambuco e para julho em Sergipe e Alagoas. Em Minas Gerais, o prazo foi prorrogado para 30 de junho em 112 municípios (nas coordenadorias regionais de Amenara, Janauba e Montes Claros).

Apesar não haver alterações no calendário da Bahia, 261 municípios do estado que decretaram situação de emergência serão acompanhados. Caso necessário, poderá ser adotada uma nova estratégia com tratamento diferenciado aos produtores que comprovarem não ter condições de vacinar seus animais.

“A flexibilização nessas localidades é justificada pela falta de chuvas, que tem comprometido o abastecimento de água e até mesmo a alimentação dos rebanhos”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques.

No restante do país, a programação segue inalterada. Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal começam em maio a vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos, sendo que Amazonas e Pará iniciaram em março o processo de imunização. Já nos estados do Acre, Espírito Santo, Paraná, Rondônia (onde a campanha começou em abril) e São Paulo serão vacinados os animais com idade abaixo de 24 meses.

A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”.

Mato Grosso

Aproximadamente 12,5 milhões de bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade deverão ser imunizados em Mato Grosso, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Produtores de todo o Estado, exceto da região do Pantanal, devem vacinar o rebanho contra a doença. A comunicação precisa ser feita ao Indea até o dia 10 de junho.

Segundo o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e presidente do Conselho Fiscal do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa-MT), Rogério Romanini, o combate à doença é fundamental para o Estado manter seu status de área livre de febre aftosa, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). "Os pecuaristas mato-grossenses têm dado um excelente exemplo quando o assunto é a sanidade animal. Todos os anos, nosso índice de animais imunizados é de mais de 99%. Para continuar mostrando que Mato Grosso tem uma das carnes mais saudáveis do mundo, temos que manter esta vigilância, por isso é muito importante que o produtor vacine seus animais e comunique ao Indea dentro do prazo", destaca Romanini.

Penalidades

Após a vacinação, o pecuarista terá até o dia 10 de junho para comunicar a imunização ao Indea. Quem não respeitar o calendário de vacinação poderá ser penalizado com o pagamento de multas, cujos valores podem chegar a 2,25 Unidade de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça não vacinada.

Em Mato Grosso, a vacinação contra a febre aftosa é dividida em duas campanhas. Em maio são vacinados os animais com até dois anos de idade. Já em novembro, todo o rebanho, de 29 milhões de cabeças, devem ser imunizados.

Fonte: Assessoria de Comunicação Digital com informações do Mapa