5 de maio de 2008

Zoneamento comprova viabilidade do girassol na Paraíba



O Zoneamento de Risco Climático é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura que identifica para cada município a melhor época de semeadura paras as culturas anuais nos diferentes tipos de solo e ciclos dos cultivares, dentro de níveis de risco de perda pré-estabelecidos.

 

A pesquisa de Zoneamento de Risco Climático para a Cultura do Girassol  realizada pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), comprova a viabilidade do cultivo de girassol no Estado. A pesquisa vai servir de base para a introdução da cultura no Estado, pois identifica as regiões com menor risco climático e a melhor época de plantio. Do total de 223 municípios, 118 são aptos para a produção, sendo que a melhor área se encontra na região da zona da mata, ou litoral.

O trabalho foi apresentado durante reunião na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba (Faepa), com técnicos da AESA, Sedap, Emepa e Faepa, representantes de associações de agricultores, produtores rurais, extensionistas, agentes financeiros, seguradoras e demais entidades ligadas ao setor.representantes do setor Agropecuário, produtores e técnicos. Segundo o gerente de Monitoramento e Hidrometria da Agência, Patrice Rolando, o estudo foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap) e a Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), seguindo as normas exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

 

De acordo com o boletim técnico emitido pela Aesa, as épocas de plantio foram definidas em ciclos, sendo precoce (100 dias), em dois tipos de solos principais (solo tipo 2 e 3) para o período chuvoso concentrado entre janeiro e junho, visando à obtenção de maiores rendimentos agrícolas.

Em todo o país, fatores de deficiência hídrica, associada aos períodos de estiagem durante a estação chuvosa, constituem hoje a principal causa das quebras de safras de grãos no Brasil, principalmente nos Estados das regiões Centro-Sul e Nordeste.  Deste modo, torna-se, portanto, imprescindível identificar, quantificar e mapear as áreas mais favoráveis ao plantio das culturas de sequeiro, levando-se em conta a oferta climática e, mais especificamente, a distribuição pluviométrica de cada região.